quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

O cúmulo da beleza interior é...

... ir a uma nova ginecologista e elogiarem-me os ovários. Voltar à mesma ginecologista e ouvir mais uma vez: os seus ovários são mesmo bonitos!

Já andava a guardar isto há algum tempo. Mas tive que me desbroncar. O que interessa receber elogios se não posso gabar-me?

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Vergonhas, quem não as tem?

Correu tudo bem com o primeiro jantar de Natal. Levei o vestido, dois pares de collants pretos -  uns mais opacos que outros - sapatos e outras coisas num saco para fazer a transição do dia de trabalho para a noite do jantar. Esqueci-me de levar uma pulseira, felizmente ofereceram-me uma.

Como na versão profissional estava de botas, enfiei também umas sabrinas para calçar ao fim da noite. Não gosto de conduzir de salto alto, - e tem sido uma boa opção, os meus sapatos estão impecáveis e sem quebras causadas pelos "carregares" de pedais - nem ia calçar as botas de cano alto com o meu vestido preto finecas. E se fosse parada pela brigada de trânsito? Que vergonha!

A noite correu sem precalços. Na hora do regresso a casa, tirei tudo o que tinha no saco para procurar as sabrinas. Encontradas, enfiei tudo outra vez, calcei-as e ala que se faz tarde.

Voltei a pegar no carro no sábado à tarde. E, num misto de vergonha e surpresa, vi que o segundo par de collants escapuliu-se do saco e passou a noite de sexta para sábado escarrapachado na caixa de velocidades. 

MALDITO SEJAS UNIVERSO!

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Free Nelson Mandela

Depois da revolução industrial,  o mundo nunca mais foi o mesmo. Fala-se do avanço tecnológico como propulsor da democratização da arte e dos ofícios e das mais variadas formas de expressão. E isso não é mau, mas a banalização é um risco eminente. Esta é a única explicação que encontro para a mesma intensidade de desgosto na despedida a Paul Walker e a Mandela.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Vão rolar cabeças

Tinha decidido que no Sábado iria proceder à missão forno. Já tinha comprado na semana anterior o super detergente e as luvas de borracha. Mas as minhas brancas precoces teimaram em aparecer e não consegui ficar indiferente. No entanto, não assumi logo o abandono da missão. Há vários cabeleireiros junto da minha casa e já experimentei três que, por uma razão ou por outra, não voltei a entrar lá. Resolvi experimentar o que tem escrito na montra em letras garrafais: CABELEIREIRO LOW COST. Pensei que ia ser rápido, mas não foi.

Abri a porta do estabelecimento lentamente, duas clientes com tinta na cabeça e uma senhora de luvas de borracha com ar de massagista da URSS. Senti medo, muito medo. Mas tive vergonha de sair. A senhora das luvas de borracha não disse nada, olhou apenas para mim inquisitoriamente. Balbuciei: era para pintar... E recebi a ordem de sentar.

Esperei 30 minutos e depois levei com a mistura do castanho chocolate mais não sei o quê durante uma hora na cabeça. Fiquei apreensiva com o resultado final. Ordenou que me sentasse na zona para lavagens de cabeça. Fui sozinha rapidamente porque tive medo que me empurrasse. A lavagem da cabeça foi tão meiga como dois ursos a andar à batatada. Perguntou-me como queria secar, não tive coragem para me ir embora com o cabelo a pingar. Pedi delicadamente que esticasse o cabelo referindo que se achasse que ia dar muito trabalho domar-me os caracóis, não havia problema nenhum em dar-me apenas uma secadela à juba. Temi pela brutalidade da escova aplicada à cabeleira, mas nem correu mal. Até usou o  "por favor" quando me pediu para segurar no secador. 

Conclusão, sobrevivi, paguei 20 euros e tenho o cabelo numa cor uniforme. Não foi mau. Talvez repita a experiência. 

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Crónicas do carsharing (deixei de ir ao ginásio)

Iniciei uma nova aventura: o carsharing. E, agora, em vez de falar com os meus botões, tenho outra pessoa com quem dialogar durante a viagem. Hoje a conversa andou à volta da automutilação. Como chegamos ao assunto? Não faço ideia.
- Chegar a esse ponto... magoar-me... não se pode estar bem. Eu não conseguiria, nem me imagino a fazer uma coisa dessas.

- Foda-se, nem eu! Eu nem roo as unhas. A única coisa que faço é apertar uma ou outra borbulha. Fazer mais do que isso, era incapaz.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Os comentadores - Em actualização

Não sei se já escrevi isto aqui. Mas um dia destes faço uma análise ou dissertação sobre os comentários deixados na imprensa online. Há de tudo como na farmácia. Ou melhor, nem é tarde nem é cedo, aqui fica a tipologia dos comentadores cibernéticos:

o apocalíptico 

"Tantos comentários, e nenhum sobre o atropelamento mortal. É triste, e nestes pequenos pormenores, se vislumbra a terrível falta de valores, em que esta sociedade horrível, está mergulhada. Paz à alma da falecida, e condolências aos familiares."

o fanático religioso

"A destruição do templo e da cidade será acompanhada da perseguição. O que aconteceu aos habitantes de Jerusalém, como é descrito nesta leitura, repetiu-se, algum tempo depois, em todo o império romano. Nesta passagem anuncia-se um fim, fim que o foi para os perseguidores, não para os perseguidos, que, a esses, o Nome do Senhor por quem sofriam os salvou. Deste modo, o fim deste tempo litúrgico, que nos recorda o fim dos tempos, anuncia-nos a vitória pascal do Senhor, que, depois de crucificado, ressuscitou e vive para sempre."


terça-feira, 26 de novembro de 2013

Quem não chora, não mama ou qualquer coisa deste género

Percebi, por experiência própria, que reclamar nunca dá em muito. Com sorte, recebemos uma carta-tipo a lamentar o sucedido ou, quando nos contactam para tentar perceber as nossas "mágoas", usam a técnica do disco riscado e acabamos por desistir por cansaço. É este mesmo cansaço que nos impede de fazer futuras reclamações. E, por estas razões, ontem, decidi mudar o meu modus operandi no que a reclamações diz respeito.

Na hora do café pós-almoço, dou um gole no café e este estava intragável - dá para usar esta palavra em coisas de beber? - Dizem-me que o café não está a sair bem e, como já o tinha pago, o poderia tomar amanhã. Ao que eu respondo: Ok, mas se amanhã o café não estiver em condições ou se tiver algum problema em relação ao pagamento do dito... Parto isto tudo!

 

Ao fim do dia fui ao supermercado e resolvi experimentar a secção talho que abriu recentemente na superfície comercial. O meu pedido foi: quero seis bifes e têm que ser tenrrinhos. Se não forem... Parto isto tudo!
 

Os prós desta nova forma de pré-reclamação:

- lembram-se de nós e cumprem o prometido
- o cuidado na preparação do produto é redobrado
- a simpatia é também redobrada

Os contras:

- Ainda não tive tempo de perceber quais são, mas imagino que possa ser presa por ameaça à integridade física de terceiros.


O conselho que vos dou na utilização desta técnica, é levarem alguém que se ria imediatamente a seguir ao "parto isto tudo". Não pode ser o próprio a rir-se, quem faz a ameaça tem de manter um ar sério. A ideia é introduzir a desconfiança sobre a nossa sanidade mental para nos protegermos e ao mesmo tempo assustar ainda mais.

Está frio, pois está

Não havendo nada para dizer, falemos do frio. Diz que está para durar.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Polémicas à parte

Se vou deixar de beber Pepsi e fazer dessa recusa uma missão na vida? Não. Para deixar de fazer alguma coisa, é preciso fazê-la antes. Se não bebia Pepsi antes, também não a vou beber agora. Mas a razão de não a beber prende-se com uma escolha pessoal e em nada tem a ver com a infeliz publicidade. Até aceito que se chateiem um bocadinho, mas a resposta à parvoíce já foi feita pelo Ronaldo e em campo.


quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Cenas da vida

Era uma vez um camponês que tinha um burro. E esse burro dava despesa para caralho, era daqueles alimentados a pão-de-ló. Certo dia, o homem teve uma ideia genial: reduzir lentamente a ração ao burro até ele se alimentar apenas de ar e vento! - Se assim o pensou, melhor o fez. O tempo foi passando e o burro foi desta para melhor, ou seja, patinou. O homem, deparando-se com a morte do burro, vociferou: foda-se, agora que começava a dar lucro, o burro morre!

César das Neves: Aumentar salário mínimo «é estragar vida aos pobres»

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Vá, atirem a primeira pedra

Mereço ser chicoteada. Ontem, saltitando de emissora em emissora, fui parar à RFM. Estava a passar Anselmo Ralph e não mudei de rádio. Em minha defesa, tenho apenas a dizer que as outras rádios memorizadas estavam a debitar publicidade. Sei que não é desculpa. Mas sejam benevolentes. 


sexta-feira, 15 de novembro de 2013

É só isto que eu peço

A minha vizinha ouve Pablo Alborán em loop. E é um bocadinho chato. Por favor, alguém que a foda porque eu não aguento mais. A minha sanidade, ou higiene, mental está em risco.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Vão-se os aneis, mas ficam os dedos ou qualquer coisa deste género

Sim, há coisas que me afligem. Mas, há sempre a coisa e o seu contrário em tudo, também há coisas que me sossegam. Exemplo disso é o facto de eu conseguir fazer piretes com o dedo anelar. Não há nada melhor do que chegar ao fim de um dia complicado, olhar para as mãos e pensar: foda-se, se me cortarem o dedo médio, ainda tenho o anelar!

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

É fodido

Sou positiva por natureza e não gosto de me sentir triste. Não gosto porque não tenho com quem falar sobre o que me aflige. Quer dizer, ter até tenho. Mas sei que a tristeza é passageira e não quero incomodar ninguém. Não quero falar de uma coisa que futuramente comprometa o meu positivismo. Não quero que amanhã, para semana ou para o mês que vem me relembrem da aflição e perguntem: então, como é que está aquele assunto?

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Nem tanto ao mar, nem tanto à terra

Comprei um creme e não correu bem. Apareceram-me umas pequenas bolhinhas que acabam por desaparecer umas horas depois da aplicação do dito. É a segunda vez que isto me acontece e, tal como aconteceu com o creme anterior, vou usá-lo até ao fim. Não vou deitar dinheiro fora, não é? Sim, também é verdade que cozinhei e comi um robalo congelado em 2008. Não me considero forreta, sou consumista e, como tal, consumo tudo o que compro.  Ou seja, não tenho nada a ver com este tipo de pessoas até porque se o quisesse fazer, não tinha forma ou necessidade de o fazer: 

Homem quer trocar testículo por 25 mil euros

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Deveras dramático

Sou uma pessoa com queda para o drama. O sentido da queda é figurado, graças a Zeus.  Se não tenho dramas, arranjo um. Imaginação não me falta. Se precisarem de dramas na vossa vida, não hesitem em contactar-me. O mais provável é não obterem resposta e inicialmente revoltarem-se com a minha falta de palavra, depois ficam tristes e, por fim, aceitam o facto de eu ser uma imprestável. Mas, lá está, queriam drama não era?

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Noves fora nada

Tenho dois cães e um gato. Uma elegante rafeiro do alentejo com 50 quilos, um puro rafeiro com 20 quilos e um gato com 5 quilos. A cadela, bem maior que os outros dois, é a mais sossegada. O cão é um histérico e o gato é elétrico.  Estes três foram animais que ninguém quis: Ela, porque é grande grande, o cão, é tripé, e o gato, com uma ferida crónica em tratamento. Moro num apartamento, mais precisamente, moro num T2 e sei que há T1 maiores que o meu T2. Sei que, para o bem deles, não posso acolher mais nenhum animal. Mas também sei que cada caso é um caso, ou melhor, cada casa é uma casa diferente. Ou seja, falar em tipologias de apartamentos sem referir m2 não é objectivo. Penso eu. Abrir excepções a criadores para que estes possam ter 10 animais num apartamento desde que sejam "as raças nacionais puras registadas para melhorarem o património genético" também não me parece normal. Eutanasiar animais com doenças contagiosas para humanos, mas tratáveis, sem lhes dar a oportunidade de tratamento parece-me cruel. Há toda esta preocupação com os limites da lotação, eu percebo a preocupação da saúde pública e também percebo os limites, eu sei que há limites, eu tenho noção do meu limite. Mas gostava que existisse também a preocupação de punir quem maltrata e abandona e a sensibilização ou promoção para esterilização/castração da bicheza.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Entrada de Carrilho dá água pela Bárbara


Não me parece nada bem este "lavar de roupa suja" em praça pública entre a Babá e o Carrilho. Coitada da canalhinha, ter que levar com estas revelações... 

Bem, no entanto, fico à espera de revelações sobre a performance sexual do Carrilho e divulgação de pormenores sórdidos da intimidade da Babá.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Eu, nataleira me confesso

Não brinco em serviço! Não há pormenor que escape à loucura do Natal.
Faltam 61 dias para o Natal. E como é que tenho tanta certeza disto? Porque a amiga H. falou-me de uma aplicação para telemóvel que faz a contagem decrescente. Já está instalada no aparelho e agora já só falta alterar o toque e fica todo quitado para o Natal.

Eu sei que parece estranho adorar o Verão e adorar também o Natal mas, o coração tem razões que a própria razão desconhece. Também sei que há quem não goste destas coisas. Eu também não gosto de muitas coisas e aguento-me à bronca. Por isso, deixai-vos de merdas, amai-vos uns aos outros e votos de um santo Natal!

Ui, só uma pergunta, já há cidades 'natalíciamente' iluminadas?

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Sou uma pessoa multirresistente, tipo bactéria

Para evitar uma avalanche no domicílio, decidi fazer uma expedição ao congelador e resgatar os potenciais víveres ainda comestíveis. Dei de caras com um robalo comprado em 2008. Olhei para a etiqueta do preço - aqui, estou a mentir descaradamente. Nunca soube, nem sei a quanto está o quilo do robalo. Não gosto é de deitar coisas foras e ficam sempre bem estas preocupações próprias da economia doméstica -  e achei que valia a pena arriscar o descongelamento e posterior confecção do bicho. Se assim o pensei, melhor o fiz. O robalo grelhado com molho de limão, azeite e ervas ficou uma delícia. A acompanhar o dito, nada mais, nada menos que um puré instantâneo cujo prazo findou em Março de 2011.

Esta refeição aconteceu há 3 dias atrás e ainda estou viva. Facto que veio reforçar positivamente a minha tomada de decisão. Se tivesse corrido mal, olha, paciência. Morre muita gente todos os dias e o mundo não pára por causa disso - vou aproveitar a referência à minha morte para relembrar os colegas de trabalho que não aceito coroas de flores abaixo dos 50 euros. Vocês sabem que eu mereço e vão sentir a minha falta.

E a que conclusão chego eu com este episódio? Há um qualquer plano superior que quer a minha sobrevivência na terra e todas as minhas experiências académicas e profissionais exigiram sempre a frequência de cantinas. Comer em cantinas prepara-nos para tudo, menos para a fome.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Parece-me que ainda não é desta


Estivemos muito perto do dilúvio. Felizmente, não aconteceu. Não estava preparada. A minha arca é vertical e só tenho um frango congelado. E, segundo reza a lenda, são precisos dois.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

E é assim a vida

Alguma vez viram por aqui cor-de-rosa? Que eu saiba, apenas escrevi um vez a palavra centauro e nunca falei em unicórnios. Logo, eu não sou uma pessoa fofa mas gosto de contribuir para a paz e a ordem natural do mundo. E, de quando em vez, sempre que surge a oportunidade, porque eu não me meto na vida das pessoas, lá faço a minha boa acção.

Ontem, foi isso que aconteceu: resgatei uma "avózinha", com mantinha de lã e tudo, do WC masculino. Podia ter ficado por aí, mas não ia ficar bem comigo própria e indiquei-lhe o WC feminino. A senhora agradeceu, dizendo: Deus a ajude! 

Missão cumprida: a ordem natural do mundo foi reposta!

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Toda a verdade



Tive que lhes dizer a verdade sobre o mega-contra-passatempo. A Maria Anita "foi para o lado que dormiu melhor", o Manuel Pantufa está inconsolável. Não compreende como foi possível deixar escapar esta oportunidade.

Follow up

Pronto, as aulas já começaram há mais de um mês, quis saber como tem corrido a adaptação à nova escola, nomeadamente, na relação com os outros alunos. Perguntei pelas diferenças, se a antiga era melhor ou pior que a nova. E fiquei a saber que na antiga havia mais 'gatunagem', os objectos desapareciam num abrir e fechar de olhos. Na nova escola, não há casos misteriosos de desaparecimento do material, mas, pelos vistos, há porrada mais do que uma vez por dia. Situação que desagrada em muito o meu sobrinho porque, às vezes, as cenas de pancadaria acontecem simultâneamente e ele, fica de tal maneira desorientado, não sabe a qual delas assistir. Fiquei também a saber que há já duas semanas que paira nos intervalos um pergunta sem resposta:

- Porque chamaste puta à Bruna?

Além de gostar de ver porrada e tentar separar os intervenientes da luta, o miúdo também é um pinga-amor. Que Zeus me ajude!

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Mon dieu de la france, donne moi la pacience

Pronto, disseram-me que as fobias dão muito trabalho. Vou desistir. Contra a minha vontade, é certo. Mas não tenho tempo para estas coisas. Tenho pena, sempre achei que as pessoas comichosas tinham um certo je ne sais quoi.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

QUERO!



Relógio de pulso faz contagem decrescente para a morte 

Eu quero um exemplar destes! Quero estar preparada para protagonizar uma saída em grande deste mundo, cheia de dramatismo comme il faut! Só espero é que funcione mesmo porque, a não funcionar, será um bocadinho embaraçoso.

Misofobia

Tentei desenvolver a fobia aos germes, mas percebi que ia dar muito trabalho e muita despesa em limpezas. Desisti rapidamente da ideia.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Sobrevivi

Por vezes perguntam-me como é possível gostar de tudo o que seja integral mesmo que pareça farelo ou seja similar a outra qualquer ração animal, tudo o que seja dietético e açucarado com frutose, iogurtes naturais e daqueles feitos com a "planta do iogurte", todos os frutos secos e frutas super-hiper-mega-maduras com fraca apresentação.Chás e infusões de tudo e para tudo antes de avançar para os medicamentos. Pois bem, sou uma sobrevivente da obsessão materna pela alimentação saudável. E, por muito que custe à minha mãezinha, tenho a certeza que o meu gosto pela cerveja se desenvolveu devido à levedura que fui obrigada a consumir ainda em tenra idade.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

A propósito do Dia do Animal

Estes dois gatinhos estão para adopção. Se não puder adoptar, ajude estes e outros animais ligando para o número solidário da Vivanimal: 760 501 526 (Mais informações em www.facebook.com/vivanimal)
Foi ainda nas Fontainhas que tive o meu primeiro bicho. Era um gato que, a bem dizer, não era nosso. Apenas parava mais no nosso quintal do que no das vizinhas. O Bibi era um gato laranja às riscas brancas. São, ainda hoje, os meus preferidos.

Não era persa, não era siamês, não era nada. Mas era deste europeu comum que eu mais gostava! 

O meu amor por ele era tão grande que quis demonstrar toda a sua grandeza num abraço. No desespero da fuga de tal aperto, o Bibi arranhou-me o globo ocular esquerdo. E lá foi a minha mãe para o hospital comigo e com a promessa de nunca mais o abraçar. De regresso e com uma pala no olho, procurei o Bibi para lhe contar a aventura hospitalar. Com a minha pala à Camões fiz sucesso no colégio. E isso, graças ao meu adorado gato! 

Quando mudamos de casa, o Bibi ficou. As vizinhas continuariam a tratar dele e dos outros que por ali andavam. Afinal de contas, era um gato de rua e não de apartamento. E eu não mandava. Nas visitas posteriores à mudança, assim que chegava, procurava por ele. Mas houve um dia que não o vi mais.

Neste Dia do Animal quis recordar o meu primeiro gato, o meu lindo Bibi. Tratem bem a bicharada, eles merecem e retribuem. Sempre!

Mais um texto do anterior blogue.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Sei lá

Este domingo formaliza-se a passagem dos 8 dias sobre o acto eleitoral. Não sei o que me parece ver os cartazes da campanha por aí. Todos os dias, sinto que estou na manhã do dia de Natal. Saio à rua e vejo a magia/ilusão do Natal traduzida em caixotes do lixo cheios de fitas, caixas e papel de embrulho.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Se calhar estou enganada...

... mas quando penso em justiça, penso em igualdade. Igualdade para mim significa ter/ser igual. Ou seja, colmatar diferenças para mim é dar a quem precisa. Não consigo conceber o dar a todos e todos têm direito quando nem todos precisam dessa dádiva. Fiz-me entender?

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Sabedoria popular

Já todos ouvimos a expressão ‘os antigos é que sabiam’. Esta frase não está completa e, para fazer sentido, deveria ser dita desta forma: Os antigos é que a sabiam toda! 

Não é preciso grande análise para perceber que para cada ditado ou provérbio há outro que o contraria. Pensam vocês e penso eu que exercer sabedoria com uma verdade universal para cada situação não é ser-se sábio, é ser-se esperto. A boa notícia é que esta sabedoria está ao alcance de todos:

Podemos ser nós a escrever a nova história da sabedoria popular e criar os nossos próprios ditados. Apenas devemos ter em conta o intervalo entre os provérbios contrários, pode correr mal pelas razões óbvias.
  • Comprar o que falta em Janeiro porque em Dezembro não houve dinheiro.
  • Compra em Dezembro porque em Janeiro há aumento.
Reescrever a história também é uma hipótese: basta baralhar e voltar a dar os ditados existentes.
  • Casa roubada, espeto de pau.
  • Em casa de ferreiro, trancas na porta.
Se não tem tempo ou cabeça para criar ou baralhar ditos populares, pode sempre utilizar os que já existem. Serviram para os nossos antepassados, também servem para nós.
  • Quem espera sempre alcança.
  • Quem espera por sapatos de defunto morre descalço. 

Este texto também é do antigo blogue, mas lembrei-me dele ao ouvir o caso da Manuela.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Episódios de Campanha


O carro dele anda a gás, mas precisa de gasolina para arrancar. A modos que, de vez em quando, é preciso ir à bomba. Mitra como é, a solução é ir à bomba do Jumbo que fica na fronteira Porto/Gondomar. Enquanto a viatura abastecia, fomos atordoados pela música própria de um ginásio. Avistamos o autocarro de dois andares descapotável com meia dúzia de pessoas a acenar desenfreadamente as bandeiras do candidato portuense e um motorista com ar de “o-que-uma-pessoa-tem-de-fazer-para-ganhar-algum”. O miúdo olha e diz que o autocarro já tinha passado por ele e pelos amigos no sábado e que tinham sido convidados a subir. Ui, não subo! Ainda me violam lá em cima… - foi a resposta do rapaz. Ri-me da resposta e fiquei a pensar, não numa violação propriamente dita, mas, que raios, porque carga de água andam a abordar menores que nem sequer votam ainda?

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

A união faz a força




A união de facto é de facto mais prática e mais barata que um casamento. Basta unir e não é preciso reunir nem convidar ninguém até à 5ª geração. A única coisa chata é quando há referência, normalmente de terceiros e não dos próprios, a uma das partes da união. Eu sei que chamar namorado pode parecer fugaz e, com o avançar da idade, falar em namorado pode trazer o rótulo de velha maluca ou ardida. Mas chamar companheiro não me parece bem. “Companheiros de vida” soa a testemunho de desgraças partilhadas. Não somos irmãos e muito menos irmãos de armas. Não somos companheiros de luta, não combatemos na mesma trincheira. Não fazemos a guerra, fazemos o amor!

Carregaaaaaaaaaaaaa educação!


Este ano, sou pela primeira encarregada de educação de um miúdo de 14 anos que é meu sobrinho. A directora de turma convocou uma reunião com todos os encarregados de educação. Pelos vistos é costume fazer-se no início do ano escolar uma reunião e o objectivo é apresentar-se, eleger um representante dos encarregados de educação e informar sobre o horário de atendimento e outras coisas práticas da escola.

Ao entrar na sala, fiquei aliviada, os pais pareceram-me pessoas normais. Uns com melhor e outros com pior ar, mas, felizmente, todos tinham dentes e isso é um bom prognóstico. A directora de turma lá começou a distribuir papéis para preencher e foi dizendo: vocês já ouvem esta conversa desde a primária, no entanto blá-blá-blá caderneta do aluno blá-blá-blá actividades blá-blá-blá permanecer na escola blá-blá-blá sanções blá-blá-blá. Completamente a leste, fui fazendo cara de quem compreendia e concordava com o que ela estava a dizer. Não podia dar parte fraca, estava rodeada por encarregados de educação de longo curso. E eles não podem descobrir que avancei desde a primária e aterrei directamente no 3º ciclo. Tenho medo!