quarta-feira, 15 de abril de 2015

Bati no fundo

Pelos amigos faço tudo, até juntar-me a um Clube de Leitura. O ponto de encontro é num bar. Menos mal. Pintar as unhas e cerveja preta são duas das várias coisas que gosto. 

Sem tempo para respirar, com isto do Clube, saltei d' "O amante" de Marguerite Duras - muito bom! Como é possível não o ter lido antes? - para "As aventuras do João Sem Medo" - gostei bastante, mas espero não ficar com mazelas desta passagem tão abrupta - de José Gomes Ferreira. Neste cenário fantasioso e surrealista, tendo em conta a época em que foi escrito, para além das interpretações óbvias e que não existe coragem sem existir medo, confesso que a minha atenção ficou presa à ‘re-fabulação‘ da Rã e do Boi - as fábulas deixam-me em êxtase, que posso eu fazer? Nada. - e o seu esforço conjunto para atingirem a igualdade. E surge a referência à individualidade e ao direito e dever de a respeitar. Não gosto de pensar no todo como "massa acéfala". Não somos, enquanto indivíduos, completamente estanques. Mas gosto de pensar no todo como um somatório de indivíduos com princípios e ideias em comum. Duas cabeças pensam melhor que uma, certo?

O livro do mês já está escolhido, "Milagrário Pessoal" de José Eduardo Agualusa. Mas antes de pegar nele, vou acabar  "O eleito" de Thomas Mann. A modos que é isto, não podendo eu ser uma pessoa brilhante, gosto de cultivar a rebeldia.

4 comentários:

  1. Rebeldia de culto!!!??? :)

    ( eu sei , eu sei , ainda é cedo para intimidades...)

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    1. Olha, é isso mesmo. Rebeldia de culto :-)

      (Penso que posso baixar a guarda :-) )

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  2. Pintar as unhas e cerveja preta, Companheira, you rock :)
    Só depois a cultura. Poupem-nos.
    :D

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